A tentação era demasiada naquele quarto estranho e nu…
O ar escuro e gelado enfurecia os nossos desejos, a distância acumulada ardia debaixo da tez dos nossos corpos.
Os nossos peitos expunham-se, como uma maçã descascada, os nossos fôlegos diminuíam até só se ouvir o respirar.
Saboreava os teus lábios de mel, sentia os lençóis lavados confundir-se com a tua pele, misturava o meu corpo com o teu.
À medida que as peças de roupa iam caindo no chão, a chuva batia na janela, como que a querer escutar a cobra que envenenava o nosso sono.
As nossas mãos escreviam poemas proibidos em cima da mais perfeita tela, tentando ignorar os chamamentos que gritavam, vindos de algures.
A tentação era demasiada naquele quarto estranho e nu…
A chuva batia na janela…
Reflexos de sangue manchavam os nossos olhares…
Pintavam o nosso fado…
...
Os nossos lençóis…
sábado, 31 de outubro de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
Acendeu-se a nossa vela
Acendeu-se a nossa vela:
Rasga e tira o teu véu.
Vamos sair desta cela,
Vamos fugir para o céu.
Apaga a luz e a razão:
Chama e grita por mim.
Nesta noite de perversão,
A nossa dança não terá fim.
Deita-te na areia sagrada:
Durmamos junto ao lago.
A tua pele será abençoada
Pelo perfume que trago.
Seremos no cabelo, reflexos de lua…
Seremos fragrância, uma alma nua…
Seremos a chuva do momento…
Seremos nuvens no firmamento…
Seremos hoje vapor ardente…
Seremos hoje simplesmente…
No leito, sangue quente…
Rasga e tira o teu véu.
Vamos sair desta cela,
Vamos fugir para o céu.
Apaga a luz e a razão:
Chama e grita por mim.
Nesta noite de perversão,
A nossa dança não terá fim.
Deita-te na areia sagrada:
Durmamos junto ao lago.
A tua pele será abençoada
Pelo perfume que trago.
Seremos no cabelo, reflexos de lua…
Seremos fragrância, uma alma nua…
Seremos a chuva do momento…
Seremos nuvens no firmamento…
Seremos hoje vapor ardente…
Seremos hoje simplesmente…
No leito, sangue quente…
terça-feira, 2 de junho de 2009
sétimo...
não há certo nem errado no que fizemos naquela noite
o peso do teu corpo em cima do meu corpo
o vinho que não bebemos por que cedemos ao desejo
as tuas mãos apertando a minha cintura
os teus lábios acariciando os meus
não há espaço para dúvidas:
o querer foi certo, o prazer foi imenso...
até à próxima noite...
o peso do teu corpo em cima do meu corpo
o vinho que não bebemos por que cedemos ao desejo
as tuas mãos apertando a minha cintura
os teus lábios acariciando os meus
não há espaço para dúvidas:
o querer foi certo, o prazer foi imenso...
até à próxima noite...
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Era desejo, somente…
Eram palavras casuais, olhares perdidos na tentação…
Eram toques indiscretos, pérfidos, na tua mão…
Éramos serpente, instinto…
Naquela noite tudo ardia,
As taças de vinho tinto,
A tua pele índia, macia...
Eram suspiros na noite quente,
Eram lábios de aguardente…
Era desejo, somente…
Eram toques indiscretos, pérfidos, na tua mão…
Éramos serpente, instinto…
Naquela noite tudo ardia,
As taças de vinho tinto,
A tua pele índia, macia...
Eram suspiros na noite quente,
Eram lábios de aguardente…
Era desejo, somente…
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Palavras perdidas na escuridão
Debaixo de lençóis de emoções
Enrolamo-nos mutuamente
Ondulando periodicamente
Estimulação do corpo e da mente
Como orações de multidões
Correndo para trás e para a frente
Desejos camuflados por luz apagada
Gemidos abafados na noite gelada
Pele quente suave molhada
Ascensão ao abismo de memórias
Vultos passados
Cheiros antigos
Sentimentos perdidos
Runas gravadas em símbolos de vertigem
Portas abertas que libertam
Criaturas aladas
Que observam pasmadas
Notas repetidas
Erros reincidentes
Melodia suave que ensurdece
Folga desaparecida
A cunha ainda aquece
Sem lugar nos limites onde se envelhece
Tranquilidade da falsa reciprocidade
Consumação do impalpável
Onde não há vaidade
Acto censurável
Todos dão tudo
Mesmo que não dêem nada
Aqui onde os corpos se fundem
Lobos ouvem-se a uivar
Corações com força a pulsar
Não há matéria
Calor escorre pela garganta
Espasmos de volatilidade
Palavras perdidas na escuridão
Para sempre no coração
Num abraço de mútua compreensão
Fecham-se os olhos
Acende-se a luz para uma nova dimensão
Negro
Claro
Presos
Certeza de um sentimento que se sabe a si como incerto
Enrolamo-nos mutuamente
Ondulando periodicamente
Estimulação do corpo e da mente
Como orações de multidões
Correndo para trás e para a frente
Desejos camuflados por luz apagada
Gemidos abafados na noite gelada
Pele quente suave molhada
Ascensão ao abismo de memórias
Vultos passados
Cheiros antigos
Sentimentos perdidos
Runas gravadas em símbolos de vertigem
Portas abertas que libertam
Criaturas aladas
Que observam pasmadas
Notas repetidas
Erros reincidentes
Melodia suave que ensurdece
Folga desaparecida
A cunha ainda aquece
Sem lugar nos limites onde se envelhece
Tranquilidade da falsa reciprocidade
Consumação do impalpável
Onde não há vaidade
Acto censurável
Todos dão tudo
Mesmo que não dêem nada
Aqui onde os corpos se fundem
Lobos ouvem-se a uivar
Corações com força a pulsar
Não há matéria
Calor escorre pela garganta
Espasmos de volatilidade
Palavras perdidas na escuridão
Para sempre no coração
Num abraço de mútua compreensão
Fecham-se os olhos
Acende-se a luz para uma nova dimensão
Negro
Claro
Presos
Certeza de um sentimento que se sabe a si como incerto
quinta-feira, 30 de abril de 2009
sexto
lua cheia despe a teia
meia nua na cama serpenteia
lua cheia pede e semeia
meia perdida na cama anseia
...
subindo-lhe pela coxa arqueja
o calor com que ele a beija
um fio de suor entre os seios
o corpo que cede aos desejos
...
cingindo-lhe a cintura
ele a viu nua
por entre as coxas suadas
ele a conquistou nas zonas molhadas
...
lua cheia reclama-a inteira
meia nua na cama serpenteia
lua cheia pede e semeia
meia perdida na cama anseia
...
subindo-lhe pela coxa arqueja
o calor com que ele a beija
um fio de suor entre os seios
o corpo que cede aos desejos
...
cingindo-lhe a cintura
ele a viu nua
por entre as coxas suadas
ele a conquistou nas zonas molhadas
...
lua cheia reclama-a inteira
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
quinto
na cama
a sede domina a trama...
ao pé da cama
o calor impõe o drama...
em cima da cama
o corpo sublinha quem ama...
a sede domina a trama...
ao pé da cama
o calor impõe o drama...
em cima da cama
o corpo sublinha quem ama...
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